O que é Renda Variável? Quais são os tipos, os riscos e vale a pena investir em Renda Variável?
O Que É Renda Variável?
A Renda Variável é uma classe de investimentos onde o retorno não é previsível no momento do investimento.
Isso ocorre porque os valores de aquisição variam e, consequentemente, os rendimentos também são variáveis.
Cada produto tem suas características e níveis de risco associados. O investimento em renda variável é uma alternativa para quem tem tolerância maior ao risco e à volatilidade do mercado financeiro. Essa classe de investimentos é procurada pelos investidores para acumular patrimônio, enriquecer e gerar renda passiva.
Quais são as características da Renda Variável?
- Retorno Variável: Os rendimentos e valores de aquisição dos ativos podem variar, não oferecendo garantia de ganho fixo ou devolução total do montante investido.
- Rentabilidade Incerta: Diferentemente da renda fixa, na qual a rentabilidade é conhecida no momento do investimento, na renda variável, a rentabilidade não pode ser dimensionada antecipadamente.
- Volatilidade: Os ativos de renda variável podem apresentar oscilações de preço significativas em curtos períodos, refletindo a volatilidade do mercado financeiro.
- Não Previsibilidade: Não é possível antecipar com precisão o retorno sobre o investimento devido à natureza imprevisível dos mercados financeiros.
- Possibilidade de Perdas: Há o risco de perda do capital investido, principalmente em momentos de baixa do mercado.
Quais são os tipos de Investimentos em Renda Variável?
- Ações: São papéis negociados na bolsa de valores que representam partes do capital social de uma empresa, e seu valor varia de acordo com o desempenho da empresa e as condições do mercado. Quem compra ações se torna acionista de uma empresa e com isso tem direito aos lucros que ela obtém
- Fundos Imobiliários (FIIs): São fundos de investimento que aplicam em empreendimentos imobiliários, como edifícios comerciais, shoppings, hospitais, entre outros. Os investidores recebem rendimentos gerados pela locação ou venda desses imóveis. As cotas desses fundos geralmente são negociadas nas bolsas de valores.
- Fundos de Investimentos: Existem vários fundos de investimento, sendo os mais comuns os de ações. São carteiras montadas por gestores de investimentos especializados que buscam assim investir que vão gerar a valorização do patrimônio do fundo e consequentemente das cotas que cada cotistas possui.
- ETFs (Exchange-Traded Funds): São fundos de investimento que replicam índices de mercado e são negociados na bolsa de valores. Permitem diversificação em uma única operação e possuem baixo custo de operação.
- Ouro: O metal pode ser negociado por meio de contratos na bolsa ou mesmo o ativo físico comprado em casas especializadas. O ouro possui sua cotação variável, podendo se valorizar ou desvalorizar conforme condições do mercado.
- Opções: Contratos que conferem ao seu titular o direito (mas não a obrigação) de comprar ou vender um ativo a um preço estabelecido em uma data futura. São utilizadas para operações de proteção (hedge) ou especulação no mercado financeiro.
- Câmbio: Operações que envolvem a compra e venda de moedas estrangeiras, como o dólar americano, visando lucrar com as variações cambiais.
- Futuros: Contratos padronizados que estabelecem a compra ou venda de um ativo em uma data futura a um preço estabelecido no momento da contratação. São amplamente utilizados para hedge e especulação.
- Criptomoedas: Ativos digitais descentralizados que utilizam criptografia para garantir segurança em transações financeiras. Exemplos incluem Bitcoin, Ethereum e Litecoin. Têm sido objeto de investimento devido ao seu potencial de valorização e à sua natureza descentralizada.
Quais são os principais Riscos Associados à Renda Variável?
- Risco de Mercado: Os investimentos em renda variável estão sujeitos a flutuações do mercado, podendo resultar em perdas financeiras devido a fatores macroeconômicos, políticos e sociais.
- Risco de Empresa: Refere-se à possibilidade de perdas devido a eventos específicos que afetam uma empresa, como má gestão, mudanças na liderança, problemas legais ou falência da empresa.
- Risco de Liquidez: Alguns ativos de renda variável podem apresentar baixa liquidez, o que dificulta a venda rápida e pode resultar em perdas caso o investidor necessite resgatar seu capital imediatamente.
- Risco de Crédito: Em investimentos como fundos imobiliários e debêntures, há o risco de inadimplência do emissor, o que pode resultar em perdas para o investidor.
- Risco de Volatilidade: A renda variável é conhecida por sua volatilidade, o que significa que os preços dos ativos podem variar rapidamente em curtos períodos, podendo gerar ganhos ou perdas substanciais para o investidor.
- Risco de Concentração: Surge quando um investidor possui uma grande proporção de seu portfólio em um único ativo ou setor, aumentando a exposição a eventos específicos que afetam esse ativo ou setor
- Risco de Sistema: As variações negativas do mercado financeiro, como crises econômicas ou eventos geopolíticos, podem impactar negativamente os investimentos em renda variável, levando a perdas para os investidores.
Por onde investir em renda variável com pouco dinheiro?
Existem várias formas de começar a investir em ações ou outros ativos de renda variável com valores acessíveis. Abaixo estão algumas maneiras de fazer isso:
- Fundo de Investimento em Ações: Muitos fundos de investimento em ações têm valores mínimos de aplicação baixos, permitindo que investidores com pouco dinheiro participem do mercado de ações através desses fundos.
- Corretoras de Valores: Algumas corretoras de valores não têm valor mínimo de investimento, o que significa que você pode começar a investir em ações com qualquer quantia que desejar, até mesmo com pouco dinheiro.
- Fracionamento de Ações: Algumas corretoras permitem a compra de frações de ações, o que facilita o investimento com montantes menores.
- Clubes de Investimento: São grupos de pessoas que se unem para investir em conjunto, permitindo uma maior diversificação e redução do valor de entrada.
Portanto, mesmo com um capital inicial limitado, é viável iniciar investimentos em renda variável, seja através de fundos de investimento, corretoras de valores, fracionamento de ações ou clubes de investimento.
Vale a pena investir em Renda Variável?
Investir em renda variável geralmente envolve mais riscos do que investir em renda fixa, pois os retornos não são garantidos e estão sujeitos à volatilidade do mercado. No entanto, a segurança de investir em renda variável depende do perfil de cada investidor, objetivos financeiros e horizonte de investimento.
- Riscos Associados: A renda variável está sujeita a riscos como volatilidade de preços, risco de mercado, risco de liquidez, entre outros. No entanto, a diversificação da carteira pode ajudar a mitigar esses riscos.
- Tolerância ao Risco: Investidores com maior tolerância ao risco e horizontes de investimento mais longos podem se beneficiar dos potenciais retornos mais altos oferecidos pela renda variável, desde que estejam preparados para enfrentar períodos de volatilidade e possíveis perdas temporárias.
- Diversificação: Diversificar os investimentos em diferentes tipos de ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários, ETFs, entre outros, pode reduzir o risco específico de cada investimento e contribuir para uma carteira mais equilibrada e resiliente.
Conclusão
Em resumo, investir em renda variável pode ser seguro quando realizado de forma consciente, considerando os objetivos financeiros, tolerância ao risco e diversificação da carteira. É recomendável buscar orientação de um profissional financeiro qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.