As Seis Lições

Fatos do Analista
Livro As Seis lições

Autor: Ludwig Von Mises

Editora: LVM

Nº de páginas: 168

Nota: 5/5

Descrição: 

O livro “As Seis Lições”, do economista da escola austríaca de economia, Ludwig Von Mises, é uma compilação das suas palestras ministradas na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires.

O livro é separado em seis capítulos e neles, são discutidos temas como socialismo, capitalismo, intervenção estatal, inflação, investimentos estrangeiros, política e ideias, de maneira elucidativa e educativa, visando evitar a repetição de erros passados que comprometem a liberdade econômica.

Mises apresentou com clareza as políticas adotadas pelos governos, como a inflação, e explora as causas e consequência de diversas situações históricas como o declínio de impérios e governos, atribuindo-o à economia restritiva e à má gestão econômica. Sua brevidade facilita a leitura e conduz à compreensão dos grandes panoramas econômicos.

Opinião do Analista: 

O livro possui uma linguagem acessível e trechos bem elaborados, sendo uma das melhores obras econômicas, especialmente sobre liberdade econômica. Recomendo “As Seis Lições” a todos os interessados em economia, pois não apenas trata das políticas econômicas, mas também de seus conceitos e sobre o funcionamento da sociedade e dos governos.

Insights e Frases:

“O desenvolvimento do capitalismo consiste em que cada homem tem o direito de servir melhor e/ou mais barato do seu cliente.”

“E o tão falado e indescritível horror do capitalismo primitivo pode ser refutado por uma única estatística: precisamente nesses anos de expansão do capitalismo na Inglaterra, no chamado período da revolução industrial inglesa, entre 1760 e 1830, a população do país dobrou, o que significa que centenas de milhares de crianças – que em outros tempos teriam morrido – sobreviveram e cresceram, tornando-se homens e mulheres.”

 “Quanto mais se eleva o capital investido por indivíduo, mais próspero se torna o país.”

 “Deve tentar policiar os outros no intuito de impedi-los de fazer determinadas coisas simplesmente porque não se quer que as pessoas tenham liberdade de fazê-las.”

“O sistema socialista, contudo, proibiu essa liberdade fundamental, que é a escolha da própria carreira. Nas condições socialistas há uma única autoridade econômica, e esta detém o poder de determinar todas as questões atinentes à produção.”

“No sistema socialista, o destino de Van Gogh poderia ter sido diverso. Algum funcionário do governo teria perguntado a alguns pintores famosos (a quem Van Gogh seguramente nem sequer teria considerado artistas) se aquele jovem, um tanto louco, ou completamente louco, era de fato um pintor que valesse a pena subsidiar. E com toda certeza teriam respondido: “Não, não é um pintor; não é um artista; não passa de uma criatura que desperdiça tinta”, e o teriam enviado a trabalhar numa indústria de laticínios, ou para um hospício. Todo esse entusiasmo pelo socialismo manifestado pelas novas gerações de pintores, poetas, músicos, jornalistas, atores, baseia-se, portanto, numa ilusão. Refiro-me a isso porque esses grupos estão entre os mais fanáticos defensores da concepção socialista.”

“O governo quer interferir com a finalidade de obrigar os homens de negócio a conduzir suas atividades de maneira diversa da que escolheriam caso tivessem de obedecer apenas aos consumidores. Assim, todas as medidas de intervencionismo governamental têm por objetivo restringir a supremacia do consumidor. O governo quer arrogar a si mesmo o poder – ou pelo menos parte do poder – que, na economia de mercado livre, pertence aos consumidores.”

 “O requisito fundamental para que haja no mundo uma maior igualdade econômica é a industrialização. E essa só se torna possível quando há maior acumulação e investimento de capital.”

“O que os sindicatos conseguem de fato produzir (quando são bem-sucedidos na luta pela elevação dos salários) é um desemprego duradouro, permanente. Os sindicatos não têm como industrializar o país, não tem como elevar o padrão de vida dos trabalhadores. E esse é o ponto crítico.”

“Karl Marx não teve origem proletária. Era filho de um advogado. Não precisou trabalhar para chegar à universidade. Fez os estudos superiores do mesmo modo como fazem hoje os filhos das famílias abastadas. Depois, e pelo resto de sua vida, foi sustentado pelo amigo Friedrich Engels (1820-1895), que – sendo um industrial – era do pior tipo “burguês”, segundo as ideias socialistas. Na linguagem do marxismo era um explorador.”

“Segundo a doutrina marxista, só os proletários têm boas ideias, e a mente proletária, sozinha, engendrou o socialismo. Todos esses autores socialistas, sem exceção, eram “burgueses”, no sentido em que os próprios, socialistas, utilizavam o termo.”

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